PROJETO “POESIA ITINERANTE: INCONFIDENTE MINEIRO”
Por : Pettersen Filho
MOMENTO DO POETA:
1º LUGAR -RESULTADO: POEMAS GANHADORES DO 1º CONCURSO DE POESIAS “INCONFIDENTE MINEIRO 2019”
Por: Ridamar Batista
“MORTE
Não... não precisei usar a morte
Tudo foi se desfazendo aos poucos
Tal qual o fim de tudo, o fim de todos
Às vezes acontece de repente
Sem que sequer se possa entender
Vem o vulcão faminto e engole
A roda do destino vira fole
Fica mole, roda devagar
Acontece, esmorece, para,
Às vezes vem o terremoto
Derrama pau e pedra e cobre
Entulha, esfola e mata...
2º LUGAR -RESULTADO: POEMAS GANHADORES DO 1º CONCURSO DE POESIAS “INCONFIDENTE MINEIRO 2019”
Por : Paulo Ludmer
“SOMBRA
Entre o cheio e o vazio, ela dança,
Persuade, seduz o corriqueiro e o raro,
Não nomeia, desenha, contorna, esfuma,
No limiar narra, desenlaça, interrompe,
Nem tensa, nem intensa,
Iguala irrecorrível como a morte.
Cataloga o mundo, desobrigada de si...
3º LUGAR -RESULTADO: POEMAS GANHADORES DO 1º CONCURSO DE POESIAS “INCONFIDENTE MINEIRO 2019”
Por : Núbia Aparecida Ferreira de Melo
“LER E ESCREVER
Quando criança,
Sem saber ler,
Nem escrever,
Quis saber,
De um letrado,
Como se escrevia,
O meu nome,
Tomado de um lápis,
Fez emergir,
No branco do papel,
Aquele nome desenho,
Regalo,
Para os meus olhos...
4º LUGAR -RESULTADO: POEMAS GANHADORES DO 1º CONCURSO DE POESIAS “INCONFIDENTE MINEIRO 2019”
Por : Sarah de Oliveira Passarella
“ Velha Morada
Da velha morada tenho lembranças
das altas portas a ranger em cantilena
no mágico som do vai e vem.
Do vento que entrava pelas finchas
tremulando a luz de uma vela
dos trincos, trancas e tramelas
trancafiando os meus sonhos de donzela.
Era um relicário do passado
involucro testemunha de outrora.
guardiã de mistérios e sortilégios
nas manhãs que surgiam brilhantes qual aurora
santuário a guardar uma bela história...
5º LUGAR -RESULTADO: POEMAS GANHADORES DO 1º CONCURSO DE POESIAS “INCONFIDENTE MINEIRO 2019”
Por : Magda Velloso Fernandes de Tolentino
“Tentativa de Poema
Como fazer um poema?
Não sou poeta ou cancioneiro,
Sou narradora, sonhadora.
Como Joyce, sinto as palavras inadequadas.
Narrar é desfiar, palavra por palavra.
Fatos, cenas, acontecimentos.
Poemar exige o derrame do sentimento:
Emoções, coisas guardadas lá dentro
Que no narrar vão derramando
Devagarinho, sem que a mão sinta
O peso da pena ou o esforço do pensamento.
Poemar é com o Drummond, o Bandeira
E até com o poetinha Vinicius...